Parece sacanagem ... e é mesmo, afinal corrupção é sacanagem também!
O Brasil ocupa a 69ª posição no ranking internacional de corrupção, segundo o estudo Percepções da Corrupção - Index 2012, realizado pela organização Transparência Internacional, e divulgado hoje. O ranking elenca 176 países abrangidos pelo estudo e é crescente, isto é, o nível de corrupção aumenta à medida em que saimos do topo da lista e caminhamos para a base da mesma. Nas 3 primeiras posições do ranking temos Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia enquanto, nas 3 últimas, temos Afeganistão, Coréia do Norte e Somália.
Na América do Sul, o Brasil (69º) tem o terceiro melhor índice, ficando atrás apenas de Chile (20º) e Uruguai (20º), e à frente de vizinhos como Colômbia (94º) e Argentina (102º). Os piores índices do continente ficam por conta de Paraguai (150º) e Venezuela (165º).
Entre os BRICs, o Brasil (69º) é quem possui o melhor índice superando China (80º), Índia (94º) e Rússia (133º).
Entre as 10 maiores economias do mundo, o melhor índice é o da Alemanha (13º), seguida de Japão (17º), Inglaterra (17º), Estados Unidos (19º), França (22º), Brasil (69º), Itália (72º), China (80º), Índia (94º) e Rússia (133º).
Esse estudo corrobora o que eu sempre pensei e, mais uma vez digo, que a corrupção não está circunscrita ao Brasil, como a maior parte das pessoas parece entender (na verdade esse é outro fenômeno, que eu costumo chamar de Síndrome de Vira-Lata). Nossa situação é até animadora dentro do nosso continente e diante do grupo dos países ditos emergentes, mas não há motivo algum para se celebrar, uma vez que, se tomarmos como base os países mais ricos do mundo, grupo do qual o Brasil faz parte, e no qual pretende permanecer, temos um grande lapso entre o índice do Brasil e os índices dos países que estão à frente do Brasil no ranking.
É assim a vida, sempre tem alguém em situação melhor ou pior que a nossa. O medríocre se acomoda, espelhando-se naqueles que estão pior que ele e, na melhor das hipóteses, esperando por uma oportunidade. Eu, honestamente, prefiro arregaçar as mangas e 'correr atrás', criando minhas oportunidades. É assim com os países também, a diferença entre um país desenvolvido e um país eternamente emergente está na atitude de seu povo, que pode simplesmente ficar esperando pelas oportunidades ou, ao contrário, ir à luta, independentemente de bolsas e cotas.
Rubens Carvalho Júnior