terça-feira, 30 de julho de 2013

Cura Gay


     Agora vai, hein Feliciânus!
     Disponível no programa Farmácia Popular.


 
Rubens Carvalho Júnior

domingo, 28 de julho de 2013

A visita do Papa

 
     A despeito do título desta postagem, eu venho aqui falar de automobilismo, ou melhor, do quanto é difícil viver no Brasil e gostar de esporte a motor. É sabido que, na nossa terra brasilis, a Rede Glóbulo detém o monopólio das transmissões da Fórmula 1, isso é fato. É também sabido que os canais SporTV pertencem ao Grupo Glóbulo de Comunicação.
     Ano passado, a penúltima corrida da temporada de F-1 coincidiu com um evento imperdível: uma rodada do campeonato brasileiro, não decisiva, ao passo que no GP dos EUA poderia sair o campeão mundial de 2012. A Globo então relegou ao SporTV a missão de transmitir a corrida, tudo bem.
     Esse ano uma corrida coincidiu com a Copa das Confederações, aí o resultado já era esperado né, e cortaram a transmissão da corrida no meio. Tudo bem, não fosse o fato de nenhum dos vários canais SporTV ter se dignificado a transmitir a Fórmula 1. Não me lembro bem mas, acho que um dos SporTVx transmitia uma partida de golfe, esporte, aliás, altamente popular por aqui, num é verdade?!
     Hoje aconteceu algo ainda mais inusitado. Deixaram de transmitir o GP da Hungria pra transmitir uma missa!!! Foda-se que ela foi celebrada pelo Papa, já num tem um monte de canais religiosos pra transmitirem isso? O jeito foi recorrer ao SporTV, e a sorte é que o horário da corrida não coincidiu com nenhum campeonato de xadrez, de bocha, ou de cuspe à distância porque, do contrário, os amantes do automobilismo ficariam a ver navios.
     Mas tá tudo bem porque, Graças a Deus, ainda não passa novela no domingo!

Rubens Carvalho Júnior

sábado, 13 de julho de 2013

Breve tratado sobre o verdadeiro amor


     Era uma vez um príncipe encantado que acreditava no amor verdadeiro. Ele procurava uma princesa perfeita, para com ela viver um grande amor. Muitas foram as candidatas a princesa que passaram pela vida do príncipe. Algumas passaram muito perto, outras muito longe, nenhuma delas perfeita.
     Algumas foram, por um momento, a princesa encantada, mas todo encanto uma hora acaba. Foi aí que o príncipe, um tanto quanto desencantado, percebeu que não existe uma princesa perfeita, nem tampouco uma que seja para sempre encantada. Ele entendeu que o verdadeiro amor é construído passo-a-passo, na convivência do dia-a-dia, que não existe "o grande amor", nem mágica, e que o encanto, mais conhecido como paixão, acaba cedo ou tarde e o que fica, se de fato restar alguma coisa, são sentimentos como confiança, lealdade, companheirismo, cumplicidade, que juntos serão os pilares fundamentais que sustentarão a relação, e a esse conjunto de sentimentos nós usualmente damos o nome de amor, e esse talvez seja o mais genuíno amor.
     Pesquisas científicas indicam que os precursores químicos cerebrais que marcam o surgimento e a manutenção de uma paixão ativa duram, no máximo, 24 meses. Nesse período, esses precursores químicos desativam no cérebro áreas responsáveis pelo raciocínio lógico, esmagando a lógica e a razão. O sujeito passa a agir sem pensar direito, passionalmente motivado, e pensa muito no outro e muito pouco em si próprio. Passada a apaixonite, muitos relacionamentos degringolam, pelo simples motivo de que não havia nada mais do que paixão entre as partes. Todo mundo sabe que ninguém vive só de amor, só de paixão então, muito menos! Apesar de não ser um expert em relacionamentos (e alguém é?), acredito eu que, amar de verdade, é ter objetivos comuns, índoles comuns. Amar alguém de verdade deve ser algo parecido com respeitar as diferenças, aceitar o outro do jeito como ele ou ela é, sem tentar mudar ou moldar suas características. Deve ser olhar nos olhos dela e enxergar os filhos que vocês ainda não tiveram, gostar de conversar com ela, gostar da companhia dela.
     Por fim, gostaria de resumir esse meu lapso temporal de relativa racionalidade amorosa em uma frase simples:
     Paixão, é quando dois olhares simplesmente se cruzam. Amor, é quando eles apontam para uma mesma direção.
 
Rubens Carvalho Júnior