quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Governo cria mais uma estatal

  
   O que me parece é que, enquanto diversas classes de servidores públicos federais se mobilizam, constroem propostas e têm seu direito à greve violado pelo corte de ponto, a turma lá do governo tá é dando risada de todos nós. É um tal de marca reunião, desmarca reunião, ameaça, manda o ministro à imprensa com cara de quem não entende porque os servidores estão reinvindicando melhorias, já que "ganham bem acima do mercado" e, quando finalmente resolvem receber os grevistas, apresentam propostas imorais, vazias e, em alguns casos, sem um único número ou símbolo de porcentagem, apenas "prováveis cenários" ou, traduzindo para o português claro, ENROLAÇÃO. O que chama a atenção (vamos ver se a Globo vai noticiar isso no JH ou no JN) é que, enquanto afirma veementemente que não há recursos para a reposição salarial do funcionalismo público, esse mesmo governo, por meio de seu ministro de transportes Paulo Passos, acaba de anunciar a criação de uma NOVA ESTATAL, a Empresa de Planejamento e Logística - EPL. Isso mesmo que você pensou, mais funcionários públicos, e justamente quando o governo se diz "enxugando gastos públicos". Quer dizer, o governo arrocha o funcionalismo público (sem reposição da inflação há 4 anos), bota a culpa na crise internacional, no orçamento "enxuto", nos abastados funcionários públicos, mas tem aporte orçamentário para criar mais cargos públicos, em uma estatal que caberia perfeitamente como uma divisão ou departamento da ANTT.
   É, meu amigo, minha amiga. Não tenha dúvidas: eles estão rindo da sua cara.

Rubens Carvalho Júnior

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